PROBLEMAS GERADOS PELO VÍCIO DA SEXUALIDADE


Por Alessandra BorgesProdutora Destrave
O comportamento sexual compulsivo é o ato e o desejo excessivo pela atividade sexual. Desta forma, o indivíduo se torna ‘escravo do sexo’, levando-o a rompimentos de relacionamentos e atrapalhando seu convívio social.
Este tipo de compulsão é caracterizado por um grande número de fantasias sexuais que a pessoa vai imaginando ao longo do dia, e isto, ao ocupar sua mente, acaba deixando-a inquieta e a impede de realizar seus compromissos de maneira tranquila e normal. Normalmente, esses pensamentos compulsivos não ficam apenas no imaginário do indivíduo, pois o leva a cometer atos sexuais exagerados.
 Muitas pessoas são vítimas desta “doença”, porque a relação sexual deixa de ser um ato de amor entre o homem e a mulher e passa a se tornar uma obsessão em busca de fantasias e prazeres.
A psicoterapeuta Gabriela Monéa explica que são muitos os fatores que podem desencadear este quadro patológico de comportamento sexual compulsivo como ansiedade, timidez, TOC, depressão e muitos outros elementos.
“Mas o que determina se uma pessoa está em uma compulsão sexual é quando ela passa a ter prejuízos ou limitações na sua vida cotidiana, ou seja, nas relações sociais, pessoais, na alimentação, no sono… Ela passar a sentir prazer apenas no ato sexual”, esclareceu Monéa.
Uma das observações que a psicoterapeuta fez, durante a entrevista, foi o fato de a compulsão sexual estar comparada à dependência química, pois a pessoa começa a perceber que, para ter o prazer inicial tem de satisfazer-se cada vez mais. No entanto, em vez do sentimento de satisfação, é a ansiedade que toma conta dela.
“O que a pessoa sente é angústia, culpa e depressão, porque, após tentar satisfazer os desejos dela, sente mais necessidade ainda. Assim, ela vai sair em busca de novas  formas de satisfação, de prazer sexual, e isso gera a dependência dela”, explicou a psicoterapeuta.
Há tratamentos para este tipo de doença, mas, como pontua Gabriela, o primeiro passo para o indivíduo se livrar deste incômodo comportamental é perceber a necessidade de procurar o acompanhamento de um terapeuta.
“A primeira atitude é a pessoa admitir que tem um problema e procurar ajuda de um psicólogo, pois ele vai ajudá-la a controlar sua ansiedade, em vez de extravasá-la no sexo. O psicólogo, em conjunto com o paciente, vai descobrir as raízes deste problema. Uma outra solução é que, muitas vezes, o tratamento é alinhado com medicamentos para inibição da libido, do impulso sexual ou até mesmo antidepressivos”, recomenda Monéa.
Para saber mais sobre este assunto, assista abaixo a entrevista completa com a psicoterapeuta Gabriela Monéa.


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