Dia 35 - Roteiro Quaresmal 40 dias no Deserto

Ao início da meditação de cada dia, reze: Senhor, no silêncio desta hora de graça, venho pedir-te a paz, a sabedoria e a força. Quero olhar o mundo com olhos cheios de amor. Quero ser paciente, compreensivo, manso e prudente. Quero ver além das aparências teus filhos como tu mesmo os vês e, assim, Senhor, ver senão o bem em cada um deles. Fecha meus ouvidos a toda calúnia. Guarda minha língua de toda maldade. Que só de bênçãos se encha minh'alma. Que eu seja tão bom e tão alegre que todos aqueles, ao se aproximarem de mim, sintam tua presença. Reveste-me de tua beleza, Senhor, e que, no decurso desse dia, eu te revele a todos. Dá-me, assim, pelo Espírito Santo, viver o dia de hoje em comunhão contigo, em atenção ao que se passa comigo e vigilante diante dos desvios do caminho. Inspira-me com tua luz, defende-me com tua graça, santifica-me com teu amor. Invoco o preciosíssimo Sangue de Jesus para que me guarde, a intercessão da Mãe Santíssima para que me valha em todas as horas e a proteção dos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael na jornada deste dia. Em nome de Jesus. Amém.

35º Dia – Domingo de Ramos, 9 de abril: NEGAR “Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me.” (Lc 9, 23) O não delimita. Devolve-nos à consciência de que não somos absolutos, de que nossos desejos não são a medida da realidade. Éramos crianças de colo, quando começamos a ouvir os primeiros nãos. Aos poucos, começamos a perceber que eles eram uma barreira à nossa satisfação imediata; protestávamos logo num choro insistente ou amuados permanecendo num canto. Aprendemos que essa atitude era poderosa diante de adultos nem sempre amadurecidos para sustentar o não, necessário algumas vezes. Alguns de nós levaram isso pela vida afora. Resultado: um bocado de adultos infantilizados. Iluminações nos vêm das Escrituras: há o negar necessário para se seguir mais livre no discipulado (Lc 9, 23); há o negar que é quase traição (Lc 22, 60); há o negar que está em vista do sim, pois em Deus todo não orienta-se ao Sim (1Cor 1, 19-20). Negar a si mesmo – não fazer o ego prevalecer a todo custo – para não negar a Deus. Sinal de maturidade humana e espiritual é aprender a conjugar o sim e o não nas diversas realidades cotidianas: “Dizei somente: Sim, se é sim; não, se é não” (Mt 5, 37). Nem sempre é fácil, nem sempre é prazeroso, nem sempre agrada, nem sempre produz bem estar. Até porque todos nós vivemos os mesmos dilemas. Nossos sins e nãos se entrelaçam e, por vezes, se embaralham. Na convivência com alguns, será mais fácil, já com outros... bem, você sabe o resultado. Todavia, sendo o sim ou o não, que seja dado, que seja vivido sempre com sabedoria. Medite em Lucas 22, 54-62 Reze: Digo sim à tua vontade para mim!

Autoria Padre Sergio

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