A Bíblia católica é a única que não é mutilada

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Muitos protestantes são respeitosos e vivem sua crença com dignidade, mas outros fazem questão de abrir a boca de cinco em cinco minutos para espezinhar a fé católica: “minha igreja segue a briba, a sua não”. É… é muito fácil ler a Bíblia e interpretar tudo torto. Ainda mais quando essa Bíblia é mutilada para esconder algumas verdades ensinadas pelos Apóstolos, como é a Bíblia protestante: em seu Antigo Testamento, faltam os sete livros deuterocanônicos:
  • Tobias
  • Judite,
  • 1 e 2 Macabeus
  • Sabedoria
  • Eclesiástico
  • Baruc
  • partes de Daniel e de Ester.
O termo “deuterocanônicos” significa “segundo cânon”, ou seja, eles foram reconhecidos oficialmente pela Igreja como inspirados (ou seja, canônicos) num segundo momento. Mas a maioria dos cristãos da igreja primitiva já consideravam os deuterocanônicos como inspirados, já que esses livros estavam presentes na Septuaginta, uma versão das Escrituras hebraicas traduzida para o grego, antes mesmo do nascimento de Cristo. Essa tradução foi feita por 72 sábios judeus, por isso o nome “Septuaginta”.
O Papa e os bispos da Igreja reafirmaram a inspiração divina dos sete livros deuterocanônicos em cinco concílios: Roma (ano 382), Hipona (393), Cartago (397) e Trento (1546). A partir da “Deforma Luterana”, porém, os protestantes passaram a dizer que esses livros não eram autênticos.
É muito estranho que cristãos que dizem seguir somente a Bíblia arranquem dela as partes de que não lhes convém. Gente… com que autoridade? Bem, vejamos suas três principais justificativas…
1) “Zizuiz e e seus Apóstulo não citam os deuterocanônico”
Os mutiladores da Bíblia alegam que não aceitam como legítimos os deuterocanônicos porque Jesus e seus Apóstolos nunca citaram nenhuma passagem desses livros. Como nunca citaram? Algumas fontes dizem que os deuterocanônicos são citados no Novo Testamento, no mínimo, 150 vezes, ainda que isso não tenha sido feito de modo explícito. Só pra mostrar um exemplo, comparemos essas duas passagens, uma do Evangelho, outra de um livro deuterocanônico:
“Quando rezardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por causa do seu palavreado.” (Mateus 6,7)
“Na companhia dos anciãos, não sejas falador, não multipliques as palavras em tua oração”. (Eclesiástico 7,15).
Pra quem curte fazer estudo bíblico, aí vão outras passagens para comparar e notar a clara referência no N.T. a textos de livros deuterocanônicos: Mt 6,14-15 e Eclo 28,2; Mt 7,12 e Tb 4,15-16; Lc 12,18-20 e Eclo 11,19; At 10,34 e Eclo 35,15; At 10,26 e Sb 7,1; Mt 8,11 e Br 4,37.
Além do mais, segundo o teólogo americano Joel Peters, o Novo Testamento cita o Antigo cerca de 350 vezes, sendo que cerca 300 destas citações (86%!) foram retiradas da Septuaginta, que continha os deuterocanônicos. Ora, se Jesus e seus Apóstolos utilizavam uma fonte que continha esses sete livros, como poderiam os rejeitar?
2) “Os judeu rejeita esses livro”
Cerca de 50 anos após a morte de Cristo, um grupo de judeus rejeitou os deuterocanônicos, no sínodo de Jâmnia. Ok… e daí? E O KIKO? Em primeiro lugar, esse sínodo foi motivado, justamente, pela polêmica contra o cristianismo, que eles entendiam ser uma seita de hereges. Então, se os cristãos se baseavam nos deuterocanônicos, nada mais natural do que eles se colocassem em oposição a isso.
Aliás, os judeus desse sínodo eram, em sua maior parte, do ramo do judaísmo farisaico, e não tinham ligação alguma com os discípulos de Cristo.
carta_palha3) “Os deuterocanônico têm dôtrinas anti-bíbricas”
Mar mininus… larguem mão de ser lesados! Os sete livros cortados da Bíblia pelos protestantes contêm doutrinas anti-luteranas, isso sim! Por isso mesmo foram arrancados, para não expor ainda mais as heresias do pai da “Deforma”.
Imagina se Lutero ia engolir a passagem de 2 Macabeus 12,42-46, que fundamenta a oração pelas almas do Purgatório! Lutero também quis retirar do Novo Testamento livros como Apocalipse, Hebreus e Tiago, mas como o escândalo seria grande demais, seus comparsas protestas o convenceram a não fazer isso. Acharam mais seguro deturpar a interpretação do que invalidar esses livros.
Sobre a Carta de São Tiago, vejam o que diz Luterinho:
“Portanto, a epístola de São Tiago é realmente uma epístola de palha, comparada com as outras, pois não tem nada da natureza do evangelho nela.”
Fonte: Hartmann Grisar, SJ, Marthin Luther: His life and work (B. Herder, 1930: Westminster, MD: The Newman Press, 1961), p. 426.
Lutero babava de raiva ao pensar na Carta de Tiago, afinal, esse texto diz que “a fé sem obras é morta”, o que torna insustentável a tese protestante da salvação só pela fé, a “Sola Fide”. Queima a carta de São Tiago, Sheofá!
Pensem, amigos: por 11 séculos, toda a cristandade aceitou formalmente como inspirados os livros deuterocanônicos, e por 15 séculos, os aceitou informalmente. Partindo do princípio de que esses são falsos, teremos que dizer que Deus abandonou seu povo por mais de 1500 anos, deixando os cristãos se guiarem por livros sem valor, repletos de falsas doutrinas. Até que chegou Luterinho “ungido”, passou a foice na “bibra”, e deixou tudo no esquema. Parece-lhes razoável essa tese?
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Quem quiser se aprofundar nesse assunto, recomendo:
Somente a Escritura? Joel Peters (livro disponível em pdf no Site Veritatis Splendor)
Conhecendo a Bíblia Sagrada (Site Bíblia Católica)
Manual de Defesa dos Livros Deuterocanônicos (Rafael Rodrigues)
- Texto original: http://ocatequista.com.br/#sthash.t6LVjuHb.dpuf

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