EVANGELHO QUOTIDIANO - Quinta-feira, dia 29 de Janeiro de 2009


Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quinta-feira, dia 29 de Janeiro de 2009

Quinta-feira da 3ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : S. Constâncio, bispo, mártir, + 178, São José Freinademetz, presbítero, fundador, +1908

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Santo Inácio de Antioquia : «Não há nada escondido que não venha a descobrir-se»


Carta aos Hebreus 10,19-25.

Temos, pois, irmãos, plena liberdade para a entrada no santuário por meio do sangue de Jesus. Ele abriu para nós um caminho novo e vivo através do véu, isto é, da sua humanidade e, tendo um Sumo Sacerdote à frente da casa de Deus, aproximemo-nos dele com um coração sincero, com a plena segurança da fé, com os corações purificados da má consciência e o corpo lavado com água pura. Conservemos firmemente a profissão da nossa esperança, pois aquele que fez a promessa é fiel. Estejamos atentos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, sem abandonarmos a nossa assembleia – como é costume de alguns – mas animando-nos, tanto mais quanto mais próximo vedes o Dia.


Evangelho segundo S. Marcos 4,21-25.

Disse-lhes ainda: «Põe-se, porventura, a candeia debaixo do alqueire ou debaixo da cama? Não é para ser colocada no candelabro? Porque não há nada escondido que não venha a descobrir-se, nem há nada oculto que não venha à luz. Se alguém tem ouvidos para ouvir, oiça.» E prosseguiu: «Tomai sentido no que ouvis. Com a medida que empregardes para medir é que sereis medidos, e ainda vos será acrescentado. Pois àquele que tem, será dado; e ao que não tem, mesmo aquilo que tem lhe será tirado.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Inácio de Antioquia ( ?-c. 110), bispo e mártir
Carta aos Efésios, §§ 13-15 (trad. coll. Icthus, vol. 2, p. 80)

«Não há nada escondido que não venha a descobrir-se»


Cuidai de vos reunirdes com mais frequência para oferecer a Deus a vossa eucaristia, as vossas acções de graças e os vossos louvores. Por vos reunirdes frequentemente, enfraqueceis as forças de Satanás e o seu poder pernicioso dissipa-se perante a unanimidade da vossa fé. Haverá algo melhor do que a paz, esta paz que desarma todos os nossos inimigos espirituais e carnais?

Não ignorareis nenhuma destas verdades, se tiverdes por Jesus Cristo uma fé e uma caridade perfeitas. Estas duas virtudes são o princípio e o fim da vida: a fé é o seu princípio, a caridade a sua perfeição; a união das duas, o próprio Deus; todas as outras virtudes as seguem em procissão para conduzir o homem à perfeição. A profissão da fé é incompatível com o pecado e a caridade com o ódio. «É pelos frutos que se conhece a árvore» (Mt 12,33); da mesma forma, é pelas suas obras que se reconhecem os que fazem profissão de pertencer a Cristo. Pois, neste momento, para nós, não se trata apenas de fazer profissão da nossa fé, mas efectivamente de a pôr em prática com preseverança, até ao fim.

Mais vale ser-se cristão sem o dizer, do que dizê-lo sem o ser. Fica muito bem ensinar, desde que se pratique o que se ensina. Nós temos, portanto, um só Mestre (Mt 23,8), Aquele que «disse, e tudo foi feito» (Sl 32,9). Mesmo as obras que realizou em silêncio são dignas do Pai. Aquele que compreende verdadeiramente a palavra de Jesus pode até ouvir o Seu silêncio; será então perfeito: agirá através de Sua palavra e manifestar-se-á pelo Seu silêncio. Nada escapa ao Senhor; mesmo os nossos segredos estão na Sua mão. Façamos portanto todas as nossas acções com o pensamento de que Ele habita em nós; seremos então nós mesmos Seus templos, e Ele será o nosso Deus, que habita em nós.


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