EVANGELHO QUOTIDIANO - Segunda-feira, dia 03 de Agosto de 2009


Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Segunda-feira, dia 03 de Agosto de 2009


Hoje a Igreja celebra : Santa Lídia, + cerca de 60, S. Pedro de Anagni, bispo, +1105

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São Romano: «Todos comeram e ficaram saciados»


Livro de Números 11,4-15.

A população que estava no meio deles, deixou-se arrastar pela concupiscência e também os filhos de Israel se puseram a chorar, dizendo: «Quem nos dará carne para comer? Lembramo-nos do peixe que comíamos de graça no Egipto, dos pepinos, dos melões, dos alhos porros, das cebolas e dos alhos. Agora, a nossa garganta está seca; não há nada diante de nós senão maná.» O maná era como a semente do coentro e o seu aspecto como o bdélio. O povo espalhava-se a apanhá-lo e moía-o em moinhos ou pisava-o em almofarizes; cozia-o em panelas e fazia bolos; tinha o sabor de tortas com gordura de azeite. Quando o orvalho caía de noite sobre o acampamento, o maná também caía. Moisés ouviu o povo chorar agrupado por famílias, cada uma à entrada da sua tenda. Mas a ira do Senhor inflamou-se muito e Moisés sentiu o mal perto de si. Então Moisés falou ao Senhor: «Porque atormentas o teu servo? Porque é que não encontrei graça diante de ti, a ponto de pores todo este povo como um peso sobre mim? Acaso fui eu que concebi todo este povo? Fui eu que o dei à luz, para me dizeres: ‘Leva-o ao colo, como a ama leva a criança de peito, até à terra que prometeste a seus pais?’ Onde arranjarei carne para dar a todo este povo que chora junto de mim, dizendo: ‘Dá-nos carne para comer!’ Eu sozinho não consigo suportar todo este povo, porque é demasiado pesado para mim! Se me queres tratar assim, dá-me antes a morte; se encontrei graça diante de ti, que eu não veja mais a minha desgraça!»


Evangelho segundo S. Mateus 14,13-21.

Tendo ouvido isto, Jesus retirou-se dali sozinho num barco, para um lugar deserto; mas o povo, quando soube, seguiu-o a pé, desde as cidades. Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e, cheio de misericórdia para com ela, curou os seus enfermos. Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se dele e disseram-lhe: «Este sítio é deserto e a hora já vai avançada. Manda embora a multidão, para que possa ir às aldeias comprar alimento.» Mas Jesus disse-lhes: «Não é preciso que eles vão; dai-lhes vós mesmos de comer.» Responderam: «Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes.» «Trazei-mos cá» disse Ele. E, depois de ordenar à multidão que se sentasse na relva, tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao céu e pronunciou a bênção; partiu, depois, os pães e deu os aos discípulos, e estes distribuíram-nos pela multidão. Todos comeram e ficaram saciados; e, com o que sobejou, encheram doze cestos. Ora, os que comeram eram uns cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Romano, o Melodista (? - c. 560), compositor de hinos
Hino 24, «A multiplicação dos pães » (a partir da trad. SC 114, pp. 117ss.)

«Todos comeram e ficaram saciados»


Vendo que o dia se punha, os apóstolos do Redentor apressaram-se a ir ao Seu encontro, exclamando:

«Mestre, a hora já é avançada, e toda esta gente está consumida pelo jejum ; ora, este sítio é deserto, como sabes. Manda-os embora antes que chegue a noite, para que possam ir às aldeias comprar pão. Pois esta gente não é capaz de jejuar como nós, a quem Tu deste a força porque és o pão celeste da imortalidade.

Tu és, por natureza, o grande Salvador do mundo, e a todos ensinaste o conhecimento; alimentando o povo com palavras de verdade, guiaste os homens para o caminho da salvação, dando-lhes a conhecer a justiça. Eles alimentaram espiritualmente a alma, mas agora precisam de cuidar do corpo. [...] Manda-os embora, pois estamos muito preocupados. [...] Ensinaste os Teus discípulos e apóstolos a ter compaixão por todos, porque Tu és o pão celeste da imortalidade [...].»

Cristo ouviu estas palavras, e respondeu:

«Enganais-vos, não sabendo que Eu sou o Criador do mundo. Mas Eu velo pelo mundo; sei muito bem do que esta gente precisa, vejo que estão no deserto e que o sol já se pôs, mas fui Eu Quem fixou o ciclo do sol. Sei o que é a exaustão desta gente e sei o que vou fazer por ela. Eu próprio serei remédio para esta fome, porque sou o pão celeste da imortalidade [...].

Estais a pensar: «Quem alimentará esta multidão no deserto?» Pois bem, sabei claramente quem Eu sou, amigos: fui Eu Quem alimentou Israel no deserto e Quem lhe deu pão vindo do céu. Num lugar árido, fiz que da rocha jorrasse água, e ainda lhes providenciei codornizes em abundância, porque Eu sou o pão celeste da imortalidade [...].»

Do mesmo modo, multiplica também em todos nós, ó Salvador, as tuas imensas misericórdias e, tal como saciaste a multidão no deserto com a Tua sabedoria e a alimentaste com a Tua força, sacia-nos a todos de justiça, tornando-nos firmes na fé, Senhor. Alimenta-nos, ó Deus compassivo; dá-nos a Tua graça e o perdão pelos nossos erros [...], pois Tu és o Cristo único, o Misericordioso, pão celeste da imortalidade.


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