Santa Sé espera que Igreja tenha mais acesso à mídia em Cuba

Da Redação CN, com Rádio Vaticano

A Santa Sé espera que a Igreja Católica em Cuba tenha acesso normal, e não ''ocasional'', aos meios de comunicação, para poder desempenhar seu papel "em plenitude". Foi o que disse, nesta quinta-feira, 5, o presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli, que na quarta-feira, 4, chegou à ilha para realizar uma visita de quatro dias, a convite da Conferência Episcopal Cubana.

"Meu desejo é que a Igreja cubana paulatinamente possa ter um acesso normal aos grandes meios de comunicação que as grandes tecnologias, como rádio, televisão, internet e multimídia, hoje em dia nos oferecem", disse o arcebispo, ao se referir à mídia cubana que, normalmente, não que oferece informações religiosas. A exceção foi a cerimônia de beatificação de Jose Olallo, em novembro de 2008, à qual assistiu o presidente, Raul Castro.



Desde a visita do Papa João Paulo II, em 1998, a televisão cubana difunde as mensagens Urbi et orbi do Pontífice e a Via-Sacra da Sexta-feira Santa. "Gostaria que esses momentos não fossem somente em ocasiões especiais, mas fossem a normalidade para a vida da Igreja", acrescentou Dom Celli.

Na sua chegada, na quarta-feira, Dom Celli concelebrou com todos os bispos cubanos, na Catedral de Havana. A Missa foi presidida pelo novo Núncio Apostólico no país, Dom Giovanni Angelo Becciu.

Ao final da celebração, Dom Becciu disse esperar que sua missão na ilha caribenha dê prosseguimento aos "passos positivos" nas boas relações entre o Estado e a Igreja. "O objetivo é manter as boas relações existentes entre a Santa Sé e o Governo", destacou o arcebispo, acrescentando que a Igreja quer ser reconhecida por sua ação como entidade "que se ocupa e se preocupa com seu povo".

O vice-chefe do escritório para Assuntos Religiosos do Partido Comunista de Cuba (PCC), Carlos Samper, também estava presente na Catedral de Havana.

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