Ataques contra o Papa e a verdade, denuncia Cardeal chileno

Da Redação CN, com L'Osservatore Romano
(tradução de CN Notícias)

O Arcebispo de Santiago do Chile, Cardeal Francisco Errázuriz Ossa, enviou uma carta ao Papa em que expressa profunda dor e solidariedade devido aos ataques injustos relativos às questões dos abusos contra menores.

Na mensagem de afeto e apoio a Bento XVI, após recordar o recente encontro com uma delegação do episcopado e a bênção recebida após o terremoto que assolou o país, Dom Errázuriz concentra-se sobre os graves crimes cometidos por padres e religiosos em alguns países.

O Cardeal agradece especialmente "pela preocupação pessoal" do Papa por estes casos e "pela perspicácia e coragem" da Carta pastoral aos católicos da Irlanda. No entanto, acrescenta, "nada justifica as publicações daqueles que, depois disso, tentaram golpear não somente toda a Igreja, mas, de maneira infundada, injusta e insidiosa, sua pessoa e autoridade moral".

Esses ataques "aconteceram próximo ao processo injusto, cruel e difamatório até o extremo, recordado na Páscoa, a que foi submetido o nosso Senhor Jesus Cristo, a fim de concluir sua presença e legado nesse mundo".

"É muito forte o sofrimento e o desconcerto na Igreja e entre aqueles que não pertencem a ela, mas a respeitam, devido aos crimes graves que, em alguns países, foram cometidos por sacerdotes e religiosos contra menores, bem como às dúvidas e à insegurança que esses acontecimentos fizeram surgir entre aqueles que têm responsabilidades pastorais nesses lugares", escreve.

O Cardeal observa que, através do ataque a Bento XVI, se deseja, "neste momento crucial da história", "afastar da cultura ocidental toda a influência cristã e suprimir a verdade revelada sobre Deus e sobre o homem e a ética que se funda em Deus. Verdade essa que Vossa Santidade anuncia de modo claro e convincente".

O purpurado conclui renovando a gratidão pelo magistério pontifício e manifestando "profunda dor, proximidade filial e a solidariedade dos fiéis da Arquidiocese, que não se deixam confundir pelos pecados daqueles que traem seus compromissos cristãos, religiosa ou sacerdotais, nem são enganados por esses ataques que rejeitamos de forma vigorosa".

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