EVANGELHO QUOTIDIANO - Terça-feira, dia 01 de Junho de 2010

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Terça-feira, dia 01 de Junho de 2010

Terça-feira da 9ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : S. Justino, mártir, +167,  Nossa Senhora da Luz

São Columbano : «De quem é esta imagem?»


2ª Carta de S. Pedro 3,12-15.17-18.

enquanto esperais e apressais a chegada do dia de Deus, quando os céus, a arder, se desintegrarem e os elementos do mundo, com o ardor do fogo, se derreterem! Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos uns novos céus e uma nova terra, onde habite a justiça. Portanto, caríssimos, enquanto esperais estes acontecimentos, esmerai-vos para que Ele vos encontre imaculados, irrepreensíveis e em paz. Considerai que a paciência de Nosso Senhor é para nossa salvação. Nesta ordem de ideias, escreveu-vos também o nosso caríssimo irmão Paulo, segundo a sabedoria que lhe foi concedida. Vós, caríssimos, dado que sabeis isto de antemão, estai alerta para que não venhais a descair da vossa firmeza, arrastados pelo erro desses malvados. Crescei, antes, na graça e no conhecimento do Nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A Ele seja dada glória, agora e até ao dia eterno. Ámen. 


Evangelho segundo S. Marcos 12,13-17.

Em seguida, enviaram-lhe alguns fariseus e partidários de Herodes, a fim de o apanharem em alguma palavra. Aproximando-se, disseram-lhe: «Mestre, sabemos que és sincero, que não te deixas influenciar por ninguém, porque não olhas à condição das pessoas mas ensinas o caminho de Deus, segundo a verdade. Diz-nos, pois: é lícito ou não pagar tributo a César? Devemos pagar ou não?» Jesus, conhecendo-lhes a hipocrisia, respondeu: «Porque me tentais? Trazei-me um denário para Eu ver.» Trouxeram-lho e Ele perguntou: «De quem é esta imagem e a inscrição?» Responderam: «De César.» Jesus disse: «Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.» E ficaram admirados com Ele. 


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Columbano (563-615), monge, fundador de mosteiros
Instrução 11, 1-4: PL 80, 250-252 (a partir da trad. Orval)

«De quem é esta imagem?»


Moisés escreveu na Lei: «Deus fez o homem à Sua imagem e semelhança» (Gn 1, 26). Peço-vos que considereis a importância desta afirmação: Deus, o omnipotente, o invisível, o incompreensível, o inestimável, ao formar o homem com o barro da terra, enobreceu-o com a imagem da Sua própria grandeza. O que têm em comum o homem e Deus, o barro e o espírito? Com efeito, «Deus é espírito» (Jo 4, 24). Foi, pois, uma grande prova de estima pelo homem ter-lhe Deus concedido a imagem da Sua eternidade e a semelhança da Sua própria vida. A grandeza do homem é a sua semelhança com Deus, desde que a conserve. [...]

Enquanto a alma fizer bom uso das virtudes nela semeadas, será semelhante a Deus. Deus ensinou-nos a remeter para Ele todas as virtudes que colocou em nós quando nos criou. Pede-nos, antes de mais, que amemos a Deus com todo o coração (Dt 6, 5), porque «Ele amou-nos primeiro» (1Jo 4, 10), amou-nos desde o começo, antes mesmo de existirmos. Amar a Deus é, pois, renovar em nós a Sua imagem. Ora, ama a Deus aquele que guarda os Seus mandamentos. [...]

Temos, pois, o dever de reflectir em honra do nosso Deus, do nosso Pai, a imagem inviolada da Sua santidade, porque Ele é santo e nos disse: «Sede santos como Eu sou santo» (Lv 11, 45); com amor, porque Ele é amor e João disse: «Deus é amor» (1Jo 4, 8); com ternura e em verdade, porque Deus é bom e verdadeiro. Não sejamos pintores de uma imagem infiel. [...] E, a fim de não introduzirmos em nós a imagem do orgulho, consintamos que Cristo pinte a Sua imagem em nós. 

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