A entrada triunfal de Jesus, em Jerusalém, acontece pelo vilarejo de Betfagé.
Segundo São Lucas (19, 29-39), Jesus, chegando em Jerusalém pelo Monte das Oliveiras, envia Seus discípulos à vila para pegarem um burrinho, a fim de que Ele o montasse e seguisse para Jerusalém cumprindo o que o profeta disse: “Exulta de alegria, filha de Sião, solta gritos de júbilo, filha de Jerusalém; eis que vem a ti o teu rei, justo e vitorioso; ele é simples e vem montado num jumento, no potro de uma jumenta” (Zc 9,9).
Essa mesma procissão é feita, na Terra Santa, durante o Domingo de Ramos. Sabe-se que, já no oitavo século, era tradição os peregrinos irem a Betfagé com ramos de oliva para poder usar na procissão. Isso significa que o local permanecia no imaginário das pessoas como uma referência para a tradição da entrada de Jesus na Cidade Santa.
Atesta-se ainda que, sobre o messias esperado pelo povo judeu, era necessário também dar uma interpretação. Jesus, em toda Sua existência, procurou explicar que Ele era o Salvador, mas também mostrar que tipo de Messias ele era.
Estava claro que Ele não era o enviado que talvez esperassem os seus contemporâneos, por isso a entrada “triunfal”, em Jerusalém, é também uma modo de explicar isso.
Jesus é o Redentor prometido por Deus, é o Filho de Davi, mas Ele não chega à Cidade Santa em um cavalo de guerra como os antigos reis de Israel. O Senhor escolhe outro símbolo, um burrinho, uma cavalgadura humilde que remete à profecia de Zacarias.
Nesse gesto, Ele nos diz que tipo de Messias veio mostrar e quem Deus queria que Ele fosse.
Fazer esse mesmo percurso é uma graça, pois, na Terra Santa, o clima é de muita alegria. Fiéis de toda parte do mundo se reúnem em grupos, por línguas e nacionalidades; muito livremente, descem o Monte das Oliveiras com cantos celebrativos. É uma longa procissão pela cidade, um momento no qual os cristãos testemunham sua fé e esperança no Messias.
Comentários