Da Redação CN, com Rádio Vaticano
Reuters
Papa acena para os peregrinos presentes no pátio da residência apostólica de Castel Gandolfo
O risco de se perder o autêntico sentido da religião, caindo numa falsa religiosidade, foi a reflexão do Papa Bento XVI antes do Angelus deste domingo, 2, na residência apostólica de Castel Gandolfo.
O Santo Padre comentava as leituras da liturgia deste domingo, que se referem ao tema da Lei de Deus, “elemento essencial da religião hebraica e também da cristã, a qual encontra seu pleno cumprimento no amor".
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.: NA ÍNTEGRA: Angelus de Bento XVI - 02/09/12
“A Lei de Deus é a sua Palavra que guia o homem no caminho da vida. o faz sair da escravidão do egoísmo e o introduz na 'terra' da verdadeira liberdade e da vida”, destacou o Papa.
É por isso que “na Bíblia, a Lei não é vista como um peso, uma limitação que oprime, mas como um dom precioso do Senhor, o testemunho do seu amor paterno, de sua vontade de estar próximo ao seu povo, de ser o seu Aliado e escrever com ele uma história de amor”.
No limiar da Terra Prometida, após o longo caminho do deserto, Moisés adverte o povo para a necessidade de escutar e aplicar as palavras ditas da parte do Senhor. O problema que o povo estava para enfrentar, ao estabelecer-se, era o de pôr toda a sua segurança e alegria em algo que não era a Palavra de Deus, mas sim nos bens, no poder e em outras divindades que na realidade são vãs, são ídolos, explicou Bento XVI.
“A Lei de Deus permanece, mas já não é a coisa mais importante, a regra de vida; torna-se mais um revestimento, uma cobertura, enquanto a vida segue outros caminhos, outras regras, interesses frequentemente egoístas individuais e do grupo. E assim, a religião perde o seu sentido mais autêntico, que é viver na escuta de Deus para fazer a sua vontade - que é a verdade do nosso ser - e assim viver bem na verdadeira liberdade, se reduz a prática de costumes secundários, que satisfaça o desejo humano de sentir-se bem com Deus”, enfatizou.
Bento XVI alerta que tal atitude é um grave risco para qualquer religião, algo que Jesus encontrou no seu tempo e com que se confrontam os cristãos de todos os tempos. Por isso, no Evangelho deste domingo, Jesus critica a vivência de fé dos fariseus e dos escribas, que cumprem os preceitos, mas com o coração longe de Deus.
Por fim, o Papa recorda as palavras de São Tiago, em sua Carta, sobre o perigo da falsa religiosidade. O apóstolo escreve aos cristãos, dizendo: "Sede cumpridores da Palavra e não apenas ouvintes; isto equivaleria a vos enganardes a vós mesmos" (Tg 1, 22).
Após a recitação do Angelus, Bento XVI dirigiu-se em cinco línguas aos presentes reunidos no pátio interno da residência pontifícia de Castel Gandolfo. De fato, em francês dirigiu uma saudação especial aos libaneses presentes, assegurando-lhes "as suas orações" e a sua "alegria" em visitar daqui a alguns dias o País dos Cedros. Dentre as saudações particulares, o Papa felicitou os casais de esposos que festejam 25 anos de matrimônio.
O Santo Padre concedeu, a todos, a sua Bênção apostólica.
O Santo Padre comentava as leituras da liturgia deste domingo, que se referem ao tema da Lei de Deus, “elemento essencial da religião hebraica e também da cristã, a qual encontra seu pleno cumprimento no amor".
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.: NA ÍNTEGRA: Angelus de Bento XVI - 02/09/12
“A Lei de Deus é a sua Palavra que guia o homem no caminho da vida. o faz sair da escravidão do egoísmo e o introduz na 'terra' da verdadeira liberdade e da vida”, destacou o Papa.
É por isso que “na Bíblia, a Lei não é vista como um peso, uma limitação que oprime, mas como um dom precioso do Senhor, o testemunho do seu amor paterno, de sua vontade de estar próximo ao seu povo, de ser o seu Aliado e escrever com ele uma história de amor”.
No limiar da Terra Prometida, após o longo caminho do deserto, Moisés adverte o povo para a necessidade de escutar e aplicar as palavras ditas da parte do Senhor. O problema que o povo estava para enfrentar, ao estabelecer-se, era o de pôr toda a sua segurança e alegria em algo que não era a Palavra de Deus, mas sim nos bens, no poder e em outras divindades que na realidade são vãs, são ídolos, explicou Bento XVI.
“A Lei de Deus permanece, mas já não é a coisa mais importante, a regra de vida; torna-se mais um revestimento, uma cobertura, enquanto a vida segue outros caminhos, outras regras, interesses frequentemente egoístas individuais e do grupo. E assim, a religião perde o seu sentido mais autêntico, que é viver na escuta de Deus para fazer a sua vontade - que é a verdade do nosso ser - e assim viver bem na verdadeira liberdade, se reduz a prática de costumes secundários, que satisfaça o desejo humano de sentir-se bem com Deus”, enfatizou.
Bento XVI alerta que tal atitude é um grave risco para qualquer religião, algo que Jesus encontrou no seu tempo e com que se confrontam os cristãos de todos os tempos. Por isso, no Evangelho deste domingo, Jesus critica a vivência de fé dos fariseus e dos escribas, que cumprem os preceitos, mas com o coração longe de Deus.
Por fim, o Papa recorda as palavras de São Tiago, em sua Carta, sobre o perigo da falsa religiosidade. O apóstolo escreve aos cristãos, dizendo: "Sede cumpridores da Palavra e não apenas ouvintes; isto equivaleria a vos enganardes a vós mesmos" (Tg 1, 22).
Após a recitação do Angelus, Bento XVI dirigiu-se em cinco línguas aos presentes reunidos no pátio interno da residência pontifícia de Castel Gandolfo. De fato, em francês dirigiu uma saudação especial aos libaneses presentes, assegurando-lhes "as suas orações" e a sua "alegria" em visitar daqui a alguns dias o País dos Cedros. Dentre as saudações particulares, o Papa felicitou os casais de esposos que festejam 25 anos de matrimônio.
O Santo Padre concedeu, a todos, a sua Bênção apostólica.
Comentários
Os textos críticos sobre religião são motivados pela análise que faço sobre este assunto, uma das causas principais que me motiva é a fé cega e a exploração financeira explicita de boa parte dos seguimentos cristãos. Não seguindo eu nenhuma religião, fico livre de dogmas e preconceitos impostos pelas igrejas, isso me dá a oportunidade de ver as coisas com mais clareza e menos fantasia. Acreditar em coisas abstratas como se fossem reais é no mínimo falta de bom senso.
Noto que a maioria dos religiosos que estão engajados com muita convicção nas igrejas, da a impressão de estarem exercendo uma fé muito sincera, mas não é. Isso faz parte do egoísmo humano, estas pessoas estão lá com a intenção de após a morte ir para um lugar privilegiado que as igrejas prometem com toda certeza que existe, essa atitude pode ser entendida como toma lá da cá.
Outro ponto importante, no catolicismo como não há os alardeados milagres de baciadas como em algumas igrejas evangélicas, os católicos costumam usar as famosas promessas, todos sabem, promessas amarram as pessoas deixando-as presas com medo do castigo divino se não as cumprirem ao pé da letra. Muitas promessas não são feitas para curar uma doença, mas sim para evitar que a mesma se manifeste, isso leva as pessoas a se amarrarem cada vês mais como escravas religiosas.
Como já disse em outros textos, se não houvesse a morte a palavra religião nem faria parte do nosso dicionário, o medo do alem túmulo é que leva as pessoas a buscarem um paliativo para amenizar o medo mórbido da morte. Certeza do que há após o desencarne não existe, pois até hoje ninguém voltou do túmulo para dar seu testemunho.
A meu ver a verdadeiro caminho o qual deveria ser seguido, levaria a todos nós a sermos essencialmente honestos, trabalhadores, amar o próximo sem nenhum interesse, apagar da alma todo egoísmo, maledicência, vaidade, inveja e o pernicioso egocentrismo. Para as pessoas que não conseguem erradicar estes defeitos citados acima, então é melhor continuar seguindo as religiões tradicionais, embora não leve a lugar nenhum é mais cômodo e menos cansativo. Seguindo as crenças tradicionais, nós conseguimos camuflar os nossos defeitos escondendo-os debaixo do tapete, sendo assim tudo parece caminhar maravilhosamente bem.
Paulo Luiz Mendonça.
Espero que primeiramente que você volte aqui para ler minha resposta.
Sua visão sobre religião é um tanto distorcida, não porque estou alienado sobre um ideal, mas porque você fala de algo que não conhece. Você critica um tipo de religioso baseado nas falácias da sociedade, nos "falsos religiosos" (do qual o próprio papa citou) e sobre algo que você não conhece.
A fé não é somente crer. É algo também racional e é uma ação. Você concorda comigo que é algo totalmente ilógico crer em algo que não se vê, mas e quando se sentem. Já vi religiosos dizendo que sabem que Deus existe, porque sentiram um bem estar. Já senti deus diversas vezes na minha vida e é muito além de um bem estar. Já senti ele conversando comigo diversas vezes, mas estou longe do que dizem relatos bíblicos do qual você deve considerar como invenção, porque minha fé ainda é fraca. Citei a fé como ação, porque são nos bons atos baseados no que a religião ensina que praticamos nossa fé. No seu último ou penúltimo parágrafo, você relatou sobre um ideal de postura e é essa postura que os verdadeiros religiosos tem. Independente da religião. Não digo que minha igreja é imune a falhas. Ela foi criada por Cristo, mas dirigida por homens. Você é perfeito? Imune a erros? Então, porque que que nós religiosos sejamos. Jesus disse que veio pra quem precisa de cura, e não pra quem esta saudável.
Vou te confessar que, pessoas até mais radicais que você no ateísmo, que me fizeram ser muito mais religioso e humano (se você acha que é diferente) quando criticava minha fé. Porque despertava minha curiosidade e fazia eu pesquisar e aos poucos vi que minha Igreja é firme e linda, e que tudo que aprendi na catequese era NEM a ponta do ice-berg. Te convido a visitar o marcador "O Testemunho de Ateus".
Não podemos amar aquilo que não conhecemos. Se conhecesse duvido que não amasse. E se não ama, não conhece.
Moderador do Blog.
Como dizia Paulo, viver é Cristo, morrer é LUCRO!