A compulsão sexual, o vício em masturbação e a pornografia são temas que estão carregados de culpa e vergonha. Por este motivo, muitas pessoas deixam de procurar ajuda ou de se aproximar de Deus e dos sacramentos. Mas como é o olhar do Senhor sobre esses irmãos? Como a Igreja vê essa realidade?
“A primeira coisa é: antes da falarmos de culpa, precisamos falar de doença. Vamos imaginar uma pessoa viciada em drogas. Depois de estar viciada, ela já não sente mais culpa quando toma o entorpecente, porque a culpa ela já sentiu lá atrás, quando o tomou pela primeira vez. No entanto, agora que ela já é escrava da droga, e para ela se não há liberdade, não há pecado. Eu vou dizer que esta pessoa não está doente? Vou dizer que ela não precisa sair disso? Claro que ela precisa sair!”, diz padre Paulo Ricardo da Arquidiocese de Cuiabá (MT).
A Igreja ensina: “para que um pecado seja mortal, requerem-se, em simultâneo, três condições: É pecado mortal o que tem por objecto uma matéria grave, e é cometido com plena consciência e de propósito deliberado” (CIC – 1857), e ainda “Os impulsos da sensibilidade, as paixões podem igualmente reduzir o caráter voluntário e livre da falta, como também pressões exteriores e perturbações patológicas” (CIC 1860).
Para padre Paulo, a redução da culpabilidade não pode ser desculpa para se entregar à doença, é preciso lutar para sair do vício. “O importante é que, se você caiu mil vezes, levante mil e uma, porque ficar de pé mesmo nós só vamos ficar lá no céu; a vida do homem, nesta terra, é uma luta”, recorda o sacerdote.
Se você vive esta realidade do vício na sua sexualidade, é preciso saber que Deus tem um olhar de misericórdia para você, e o mal que o abate nunca será maior do que o perdão de Deus. Aproxime-se d’Ele, busque ajuda. Jesus já venceu na sua vida.
Confira, na íntegra, a entrevista com padre Paulo Ricardo
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