Todas as religiões são verdadeiras? Não! O Papa Francisco jamais disse isso

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O último boato que anda rolando nas redes sociais é que nosso papitcho teria dito que todas as religiões são verdadeiras, e que a Bíblia está ultrapassada. O texto mentiroso chega ao ridículo de afirmar que o Papa teria dito essas coisas no Terceiro Concílio Vaticano… que nunca existiu! Haja nervo pra aturar os católicos-jujuba (docinhos e sem sustança) comemorando esse caô. Perdoai-os, Pai, eles não sabem o que é catolicismo!
Jogando um balde de água fria na jujubada, a página espanhola da agência oficial do Vaticano, New.va, publicou um post explicando que essas declarações são falsas e jamais foram feitas pelo Papa Francisco (ver aqui).
Eu não sei quanto a vocês, mas eu já não aguento mais meus miguxos lesados dando crédito a notícias falsas ou deturpadas sobre coisas que o Papa Francisco teria dito. Quando algum desses abre a boca na minha frente pra comentar essas tosqueiras, eu respiro fundo pra explicar o erro calmamente, mas o que dá vontade mesmo é gritar, correr e só parar dali a mil quilômetros…
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O nosso Papa não é herege nem tonto, pra sair por aí dizendo asneiras. Se todas as religiões fossem verdadeiras, Deus não precisava ter se dado ao trabalho de ter se feito Menino e, mais tarde, tomar tapa na cara, ser açoitado brutalmente e morrer pregado como um bandido, na cruz. Bastava Ele ter deixado que os homens continuassem seguindo as diversas religiões!
Para muitos, parece muito bonito dizer que todas as crenças são igualmente boas, que tanto faz uma religião como outra. Porém, essa ideia é sustentada por uma ideologia hipócrita e covarde: o indiferentismo religioso. É herético e ilógico dizer que todas as religiões são verdadeiras. Ora, uma religião diz que Jesus era um homem comum, outra diz que Ele é Deus… Nesse caso, como alguém pode dizer que as ambas as religiões pregam a verdade, se uma contradiz a outra?
Contemplar a imagem do crucificado e dizer que todas as religiões são verdadeiras é muito non sense! Tem uma galera aí que precisa sair de cima do muro: ou o cristianismo é só uma lenda, ou Deus se fez homem e revelou Sua verdadeira doutrina a nós. E se isso acontece mesmo – e sabemos bem que é verdade –, nenhuma outra religião, fruto da imaginação pode sequer chegar perto da profundidade e beleza desse fato.
O Evangelho deve ser abraçado por nós de forma inteira, e não mutilado. Tem gente que só ouve as passagens que parecem se encaixar em suas ideias, e tampam os ouvidos para passagens “voadora na pleura”, tais como: “Não julgueis que vim trazer a paz à terra. Vim trazer não a paz, mas a espada” (Mt 10, 34); “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14,6); “Quem não está comigo, está contra Mim. E quem não recolhe comigo, espalha” (Lc 11,23).
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É claro, graças à Lei Natural, toda pessoa carrega dentro de si noções básicas do que é certo ou errado. Isso explica porque, mesmo em meio a muitos erros doutrinários, há nobreza em diversas religiões, que ensinam certas coisas verdadeiras, dentro do limite da capacidade humana de entender o que é a verdade. Entretanto, é impossível comparar uma religião divinamente revelada – no caso, o cristianismo – com doutrinas tecidas pela mente humana.
Tipo… Eu, como toda a minha imeeeeeensa sabiduria e capacidade filozóphyca (craro, craro…), amanhã resolvo divulgar uma nova tese sobre a criação do mundo, a moral e a espiritualidade. Um monte de joselito se empolga com as minhas palavras ungidas e me segue. Ok, temos uma nova religião… E aí? Esta pode ser equiparada àquela revelada pelo Filho de Deus? Minha religião é tão verdadeira quanto o cristianismo? Aham…
À parte de toda babaquice politicamente correta, a Igreja ensina que a graça de Deus passa por diversas religiõesporém, isso acontece de forma GRAVEMENTE DEFICITÁRIA, capenga mesmo! Só na Igreja fundada sobre a autoridade segura de Pedro pode-se receber a plenitude da graça divina e dos meios de salvação.
Sobre isso, durante o papado do Beato João Paulo II, o Cardeal Ratzinger publicou uma declaração, da qual destacamos esse trecho:
“Com a vinda de Jesus Cristo Salvador, Deus quis que a Igreja por Ele fundada fosse o instrumento de salvação para toda a humanidade (…). Esta verdade de fé nada tira ao fato de a Igreja nutrir pelas religiões do mundo um sincero respeito, mas, ao mesmo tempo, exclui de forma radical a mentalidade indiferentista ‘imbuída de um relativismo religioso que leva a pensar que ‘tanto vale uma religião como outra’.
“Se é verdade que os adeptos das outras religiões podem receber a graça divina, também é verdade que objetivamente se encontram numa situação gravemente deficitária, se comparada com a daqueles que na Igreja têm a plenitude dos meios de salvação.”
- Declaração Dominus Iesus
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São Paulo bem que advertiu: “Estai de sobreaviso, para que ninguém vos engane com filosofias e vãos sofismas baseados nas tradições humanas, nos rudimentos do mundo, em vez de se apoiar em Cristo” (Col 2, 8). O indiferentismo religioso é, hoje, uma das vãs filosofias que seduzem muitos católicos.

O que devemos fazer para não sermos ludibriados por essas coisas? Estejamos atentos ao que Papa Francisco nos diz:
“…não é possível encontrar Jesus fora da Igreja. O grande Paulo VI dizia: é uma dicotomia absurda querer viver com Jesus sem a Igreja, seguir Jesus fora da Igreja, amar Jesus sem a Igreja.”
- Papa Francisco. Homilia do dia 23/04/2013

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