Dia 37 - Roteiro Quaresmal 40 dias no Deserto

Ao início da meditação de cada dia, reze: Senhor, no silêncio desta hora de graça, venho pedir-te a paz, a sabedoria e a força. Quero olhar o mundo com olhos cheios de amor. Quero ser paciente, compreensivo, manso e prudente. Quero ver além das aparências teus filhos como tu mesmo os vês e, assim, Senhor, ver senão o bem em cada um deles. Fecha meus ouvidos a toda calúnia. Guarda minha língua de toda maldade. Que só de bênçãos se encha minh'alma. Que eu seja tão bom e tão alegre que todos aqueles, ao se aproximarem de mim, sintam tua presença. Reveste-me de tua beleza, Senhor, e que, no decurso desse dia, eu te revele a todos. Dá-me, assim, pelo Espírito Santo, viver o dia de hoje em comunhão contigo, em atenção ao que se passa comigo e vigilante diante dos desvios do caminho. Inspira-me com tua luz, defende-me com tua graça, santifica-me com teu amor. Invoco o preciosíssimo Sangue de Jesus para que me guarde, a intercessão da Mãe Santíssima para que me valha em todas as horas e a proteção dos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael na jornada deste dia. Em nome de Jesus. Amém.

37º Dia – Terça-feira Santa, 11 de abril: MOLDAR “Porém, temos este tesouro em vasos de barro, para que transpareça claramente que este poder extraordinário provém de Deus e não de nós.” (2Cor 4, 7) Para mim, quando se fala do oleiro, não se trata apenas de uma bela alegoria. Cresci à sombra de uma cerâmica e no “meio” do barro, pois meu pai é ceramista. Não obstante nunca ter aprendido a moldar um vaso ou outra peça, brinquei muito com barro e sempre admirei o trabalho de meu pai. Somos todos extremamente preciosos diante de Deus. Ele chega mesmo a dizer que troca reinos por nós (Is 43, 4). Alguns acabam concluindo, ou vivendo, que têm um tipo de preciosidade como o ouro ou prata – ou até mesmo diamante – por terem um “nome” de família, posses, estudos e os outros são um punhado de argila. Aqueles que agem assim deveriam lembrar-se das Escrituras: “lembra- -te que és pó e ao pó hás de tornar” (Gn 3, 19). Como barro é que somos preciosos, um punhado de barro que Deus tomou em suas mãos, modelou, soprou e nos fez viventes (Gn 2, 7). Como o pote seria um pote se não fosse o oleiro? Sem as mãos do oleiro, a argila não se torna em cerâmica. Sem a habilidade do oleiro, o barro não se torna vaso. Sem o talento do oleiro, o barro não se torna em nada útil ou de valor. Deixe, pois Deus ser o oleiro em sua vida. Deixo com você uma pequena oração que fz há alguns anos... Sou TERRA: pó, barro; não há porque me orgulhar. - Perdão, Senhor, por todas as vezes que deixei que o orgulho falasse mais alto! Sou ÁGUA: que dá maleabilidade ao barro. - Modela-me, Senhor, na força da água viva de tua Graça! Sou AR: passageiro, que não se sabe de onde vem nem para onde vai. - Sopra, Senhor, teu hálito em mim e renova-me na força de teu Espírito! Sou FOGO: que aquece, queima, transforma. - Purifca, Senhor, meu coração. Acrisola-me com teu amor. Amém. Medite em Jeremias 18, 1-6 Reze: Eu quero ser um vaso novo

Autoria Padre Sergio

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