Dia 40 - Roteiro Quaresmal 40 dias no Deserto

Ao início da meditação de cada dia, reze: Senhor, no silêncio desta hora de graça, venho pedir-te a paz, a sabedoria e a força. Quero olhar o mundo com olhos cheios de amor. Quero ser paciente, compreensivo, manso e prudente. Quero ver além das aparências teus filhos como tu mesmo os vês e, assim, Senhor, ver senão o bem em cada um deles. Fecha meus ouvidos a toda calúnia. Guarda minha língua de toda maldade. Que só de bênçãos se encha minh'alma. Que eu seja tão bom e tão alegre que todos aqueles, ao se aproximarem de mim, sintam tua presença. Reveste-me de tua beleza, Senhor, e que, no decurso desse dia, eu te revele a todos. Dá-me, assim, pelo Espírito Santo, viver o dia de hoje em comunhão contigo, em atenção ao que se passa comigo e vigilante diante dos desvios do caminho. Inspira-me com tua luz, defende-me com tua graça, santifica-me com teu amor. Invoco o preciosíssimo Sangue de Jesus para que me guarde, a intercessão da Mãe Santíssima para que me valha em todas as horas e a proteção dos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael na jornada deste dia. Em nome de Jesus. Amém.

40º Dia – Sexta-feira Santa, 14 de abril: SILENCIAR “O Senhor reside em sua santa morada; silêncio diante dele, ó terra inteira!” (Hab 2, 20) É hora de silêncio. Silenciar para melhor acolher o mistério. Diante de algumas partilhas que são feitas a mim, prefro silenciar. Há horas em que alguma palavra apenas atrapalha. Tentar “defender” Deus? Ou pior: dizer que tal coisa foi Vontade de Deus? Não seriam tais palavras apenas uma tentativa de escapar do constrangimento de não se saber o que dizer? Então não fale. É melhor silenciar; apenas escutar e estar perto. Na vida de fé deve haver espaço para o silêncio, especialmente o silêncio de Deus. Ele pode não responder ou a gente não entender a resposta que Ele está dando. Pode não fcar claro para nós, talvez o tempo todo ou seria melhor dizer durante todo o Tempo. O Tempo sempre será o lugar da possibilidade do silêncio. E se há uma palavra a ser dita nas adversidades do Tempo, ela já foi pronunciada uma vez por todas, quando “o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1, 14). O mistério da cruz e da morte do Senhor convidam ao silêncio diante do Verbo/ Palavra que se cala, como “um cordeiro que se conduz ao matadouro e uma ovelha muda nas mãos do tosquiador (Ele não abriu a boca)” (Is 53, 7). Silencie hoje. Silencie sempre que as coisas não forem claras. Acolha aquele que, sendo Palavra, se fez silêncio por nossa salvação. Medite em Jo 19, 17-37 Reze: Meu Senhor e meu Deus! *Dia de Jejum e abstinência de carne

Autoria Padre Sergio

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