Ó Rosário bendito de Maria!


1. “Maria então disse: ‘A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador’” (Lucas 1,46-47).
Eis o início do Magnificat, maravilhoso hino de louvor, de gratidão, de alegria e de proclamação das maravilhas de Deus por parte de Maria. “Porque o Todo-Poderoso fez para mim coisas grandiosas” (Lucas 1,49a). Sim! O Senhor operou e opera coisas grandiosas. Operou e opera coisas grandiosas através de Maria e do seu Santo Rosário. O Ano do Rosário que encerrou em outubro de 2003 (mês do Rosário), foi uma maravilha do Senhor. Por ele nós nos alegramos e agradecemos a Deus, assumindo os sentimentos e as palavras de Maria: A minha alma engrandece o Senhor!

2. O Ano do Rosário! Foi um tempo forte de redescoberta desta grande oração. Este ano terminou em 2003, mas seus frutos permaneceram. Permaneceram nas vidas das pessoas, das famílias, das comunidades, de toda a Igreja. Que o Rosário continue nas mãos e nos corações de todos nós. Que o recitemos diariamente. Que de todas as partes suba aos céus a saudação angelical “Ave Maria”. Que através de Maria acheguemo-nos a Jesus e contemplemos o seu Rosto. Ela é a Porta do Céu! Obrigado ao Papa João Paulo II pelo Ano do Rosário. Obrigado à Nossa Senhora. Obrigado a Deus. Meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador!



“O Rosário, um tesouro a descobrir
Queridos irmãos e irmãs! Uma oração tão fácil e ao mesmo tempo tão rica merece verdadeiramente ser descoberta de novo pela comunidade cristã. Façamo-lo sobretudo neste ano, assumindo esta proposta como um reforço da linha traçada na Carta Apostólica Novo Millennio Ineunte, na qual se inspiraram os planos pastorais de muitas Igrejas particulares ao programarem os seus compromissos a curto prazo.

Dirijo-me de modo particular a vós, amados Irmãos no Episcopado, sacerdotes e diáconos, e a vós, agentes pastorais nos diversos ministérios, pedindo que, experimentando pessoalmente a beleza do Rosário, vos torneis solícitos promotores do mesmo.

Também espero em vós, teólogos, para que desenvolvendo uma reflexão simultaneamente rigorosa e sapiencial, enraizada na Palavra de Deus e sensível à vida concreta do povo cristão, façais descobrir os fundamentos bíblicos, as riquezas espirituais, a validade pastoral desta oração tradicional. Conto convosco, consagrados e consagradas, a título especial chamados a contemplar o rosto de Cristo na escola de Maria.

Penso em vós todos, irmãos e irmãs de qualquer condição, em vós, famílias cristãs, em vós, doentes e idosos, em vós, jovens: retomai confiadamente nas mãos o terço do Rosário, fazendo a sua descoberta à luz da Escritura, de harmonia com a Liturgia, no contexto da vida cotidiana.

Que este meu apelo não fique ignorado! No início do vigésimo quinto ano de Pontificado, entrego esta Carta Apostólica nas mãos sapientes da Virgem Maria, prostrando-me em espírito diante da sua imagem venerada no Santuário esplêndido que Lhe edificou o Beato Bártolo Longo, apóstolo do Rosário. De bom grado, faço minhas as comoventes palavras com que ele conclui a célebre Súplica à Rainha do Santo Rosário: ‘Ó Rosário bendito de Maria, doce cadeia que nos prende a Deus, vínculo de amor que nos une aos Anjos, torre de salvação contra os assaltos do inferno, porto seguro no naufrágio geral, não te deixaremos nunca mais. Serás o nosso conforto na hora da agonia. Seja para ti o último beijo da vida que se apaga. E a última palavra dos nossos lábios há de ser o vosso nome suave, ó Rainha do Rosário de Pompéia, ó nossa Mãe querida, ó Refúgio dos pecadores, ó Soberana consoladora dos tristes. Sede bendita em todo o lado, hoje e sempre, na terra e no Céu’.

Vaticano, 16 de outubro de 2002, início do vigésimo quinto ano de Pontificado.

JOÃO PAULO II”
(Da Carta Apostólica do Papa João Paulo II, “Rosarium Virginis Mariae”, nº43 – Disponível em www.vatican.va).
Ó ROSÁRIO BENDITO DE MARIA, NÃO TE DEIXAREMOS NUNCA MAIS!!!

Padre Denis Silva

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