OS MISTÉRIOS GOZOSOS



1. “Quando Isabel estava no sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem prometida em casamento a um homem de nome José, da casa de Davi. A virgem se chamava Maria” (Lucas 1, 26-27).
No primeiro Mistério Gozoso contemplamos a Anunciação do Arcanjo São Gabriel à Nossa Senhora. Trata-se do momento sublime no qual a eleição de Maria, por parte do Pai, para ser a Mãe do Seu Filho Divino, lhe é comunicada pelo Mensageiro de Deus. Maria é saudada como “cheia de Graça” (cf. Lc 1, 28) e é convidada à alegria messiânica. No final do rico diálogo com o Anjo, Ela manifesta a sua total adesão à Vontade Divina: “Maria disse: ‘Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra’” (Lucas 1,38ab). Naquele momento “o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (João 1,14a).

2. “Naqueles dias, Maria partiu apressadamente para a região montanhosa, dirigindo-se a uma cidade de Judá. Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel” (Lucas 1,39-40).
No segundo Mistério Gozoso contemplamos a visita de Nossa Senhora à Santa Isabel. A Mãe do Messias e a mãe do Precursor do Messias se encontram. É um encontro marcado pela alegria da Salvação. São João Batista salta de alegria no ventre de Isabel e, Maria, entoa o Magnificat no qual expressa a sua própria alegria: “A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador” (Lucas 1,47).

3. “Quando estavam ali, chegou o tempo do parto. Ela deu à luz o seu filho primogênito, envolveu-o em faixas e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria” (Lucas 2,6-7).
No terceiro Mistério Gozoso contemplamos o nascimento de Jesus em Belém. É o Natal do Senhor! Mistério de alegria para todos os homens. Foi este o anúncio recebido pelos pastores: “O anjo então lhes disse: ‘Não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria, que será também a de todo o povo: hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor!’” (Lucas 2,10-11). Não há razão para desespero. Em Cristo Jesus, Deus nos salva a todos. Acolhamos o Salvador que Ele nos enviou!

4. “E quando se completaram os dias da purificação, segundo a lei da Moisés, levaram o menino a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor” (Lucas 2,22).
No quarto Mistério Gozoso contemplamos a apresentação do Menino Jesus no Templo. Este Mistério exprime a total Consagração de Jesus ao Pai. Ele veio de Deus, Ele é de Deus, Ele é Deus. Simeão alegra-se ao ver a Salvação que o Senhor preparou diante de todos. Ela é aquele Menino que estava em seus braços! Neste Mistério também respiramos alegria, mas a dor também está presente, pois Simeão anuncia que o Menino será sinal de contradição e, Maria, Sua Mãe, também sofrerá muito: “Ele será um sinal de contradição – e a ti, uma espada traspassará tua alma! – e assim serão revelados os pensamentos de muitos corações” (Lucas 2,34b-35).

5. “Todos os anos, os pais de Jesus iam a Jerusalém para a festa da Páscoa. Quando completou doze anos, eles foram para a festa, como de costume. Terminados os dias da festa, enquanto eles voltavam, Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais percebessem” (Lucas 2,41-43).

No quinto Mistério Gozoso contemplamos a permanência e o reencontro de Jesus no Templo. Aqui também temos dor e alegria. A aflição de Maria e José e alegria do reencontro com Jesus. Jesus proclama a plena dedicação às coisas do Pai: “Não sabíeis que eu devo estar naquilo que é de meu Pai?” (Lucas 2,49b).
6. “..., meditar os mistérios gozosos significa entrar nas motivações últimas e no significado profundo da alegria cristã. Significa fixar o olhar sobre a realidade concreta do mistério da Encarnação e sobre o obscuro prenúncio do mistério do sofrimento salvífico. Maria leva-nos a aprender o segredo da alegria cristã, lembrando-nos que o cristianismo é, antes de mais, euangelion, ‘boa nova’, que tem o seu centro, antes, o seu mesmo conteúdo, na pessoa de Cristo, o Verbo feito carne, único Salvador do mundo” (João Paulo II, Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, n° 21 – Disponível em www.vatican.va).


Padre Denis Silva

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