Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68
Segunda-feira, dia 16 de Novembro de 2009
Segunda-feira da 33ª semana do Tempo Comum
Hoje a Igreja celebra : Santa Gertrudes, Magna, monja, +1303, Santa Margarida, rainha da Escócia, +1093, São José Moscati, médico, +1927
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São Gregório Magno : «Jesus, filho de David, tem misericórdia de mim»
Livro de 1º Macabeus 1,10-15.41-43.54-57.62-64.
Destes generais saiu aquela raiz de pecado, Antíoco Epifânio, filho do rei Antíoco, que estivera em Roma como refém, e tornou-se rei no ano cento e trinta e sete da era dos gregos. Nesta época, surgiram também, em Israel, filhos perversos que seduziram o povo, dizendo: «Façamos aliança com as nações vizinhas, porque desde que nos separámos delas sobrevieram-nos imensos males.» Pareceu-lhes bom este conselho. Alguns de entre o povo decidiram-se e foram ter com o rei, o qual lhes concedeu autorização para seguirem os costumes pagãos. Edificaram em Jerusalém um ginásio, segundo o estilo dos gentios, dissimularam os sinais da circuncisão, afastaram-se da aliança com Deus, coligaram-se com os estrangeiros e tornaram-se escravos do pecado. Então, o rei Antíoco publicou um édito para todo o seu reino, prescrevendo que todos os povos se tornassem um só povo, abandonando as suas leis particulares. Todos os gentios se conformaram com esta ordem do rei, e muitos de Israel adoptaram a religião de Antíoco, sacrificando aos ídolos e violando o sábado. No dia quinze do mês de Quisleu, do ano cento e quarenta e cinco, o rei edificou a abominação da desolação sobre o altar dos sacrifícios, e construíram altares em todas as cidades de Judá. Queimaram incenso diante das portas das casas e nas praças públicas, rasgaram e queimaram todos os livros da Lei, que encontraram. Todo aquele que tivesse em seu poder um livro da aliança ou mostrasse gosto pela lei, morreria, em virtude do decreto do rei. Foram muitos os israelitas que resolveram, no seu coração, não comer nada de impuro, preferindo antes morrer, a manchar-se com alimentos impuros; e preferiram ser trucidados, a manchar-se com alimentos impuros e a profanar a aliança santa. Foi muito grande a cólera que caiu sobre Israel.
Evangelho segundo S. Lucas 18,35-43.
Quando se aproximavam de Jericó, estava um cego sentado a pedir esmola à beira do caminho. Ouvindo a multidão que passava, perguntou o que era aquilo. Disseram-lhe que era Jesus de Nazaré que ia a passar. Então, bradou: «Jesus, Filho de David, tem misericórdia de mim!» Os que iam à frente repreendiam-no, para que se calasse. Mas ele gritava cada vez mais: «Filho de David, tem misericórdia de mim!» Jesus parou e mandou que lho trouxessem. Quando o cego se aproximou, perguntou-lhe: «Que queres que te faça?» Respondeu: «Senhor, que eu veja!» Jesus disse-lhe: «Vê. A tua fé te salvou.» Naquele mesmo instante, recobrou a vista e seguia-o, glorificando a Deus. E todo o povo, ao ver isto, deu louvores a Deus.
Da Bíblia Sagrada
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
São Gregório Magno (c. 540-604), papa e Doutor da Igreja
Homilia 2 sobre o Evangelho (a partir da trad. Luc commenté, DDB 1987, p. 140 rev.)
Observemos que é quando Jesus se aproxima de Jericó que o cego recupera a vista. Jericó significa «lua» e na Sagrada Escritura a lua é o símbolo da carne votada ao desaparecimento; em determinado momento do mês ela diminui, simbolizando o declínio da nossa condição humana votada à morte. É, pois, ao aproximar-se de Jericó que o nosso Criador faz com que o cego recupere a vista. É ao tornar-Se próximo de nós pela carne, de que Se revestiu, com a sua mortalidade, que Ele torna a dar ao género humano a luz que tínhamos perdido. É porque Deus endossa a nossa natureza que o homem acede à condição divina.
E é precisamente a humanidade que está representada por este cego sentado na beira do caminho e a mendigar, pois a Verdade diz de Si mesma: «Eu sou o caminho» (Jo 14, 6). Aquele que não conhece o brilho da luz eterna é de facto cego, mas se começa a crer no Redentor então fica «sentado à beira do caminho». Se, embora crendo Nele, não Lhe implora o dom da luz eterna, se se recusa a pedir-Lho, será sempre um cego à beira do caminho; um cego que não pede. [...] Que todo o homem que reconhece as trevas que o tornam cego, que todo o homem que compreende que lhe falta a luz eterna grite do fundo do seu coração, grite com toda a sua alma: «Jesus, filho de David, tem misericórdia de mim.»
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